quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Os Pedrero – Pin Up Gordinha – Läjä Records e outros

Resenhar esse disco é pra lá de simples, como todo trabalho dos Pedrero , o que se imagina é que fazem um som cru e nervoso e depois metem uma letra doida em cima e ta pronto!
Mas não se iluda achando que simplicidade é sinônimo de porcaria, pois se você pensa assim deveria ouvir mais Ramones.
E de cara eles provam que ser simples pode ter ótimos resultados, pois logo na faixa titulo encontramos a candidata a hit do Hardcore Nacional:Pin-up Gordinha.
O som como disse obedece a lei básica do HC velocidade nas cordas  e porrada na batera.
A letra sai da mesmice e fazem qualquer um que faz role na cena lembrar de alguma conhecida Pin-up Gordinha ou encontrar-se a si mesmo!!
Muito doida e “terrível” como a própria letra nomina, Pin Up Gordinha ...de longe é o melhor som do disquinho.
Os demais sons variam entre lembranças de Raimundos em Sua Bouca Gatinha e Carbona em 50 Segundo de Fúria, cabe uma menção honrosa para A.M.M.F. – Agarrar Mulher Feia a Força, que mantém o nivel psycho erótico da letras no topo, imagino que tenha algo de autobiográfico nela e de novo. Afinal, quem nunca esteve a situação de fim de balada e sair tipo trilho de trem, limpando o que passa pela frente???

Um bom trabalho dos meninos construtores...recomendo.



Flavio Loco

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Flicts – Outs – 08/11/2011

Hummmm, bem estranho show do Flicts sozinho??  Não entendi ao certo mas acho que era um evento da Sick Mind que lançou o shape do Flicts (muito louco por sinal).

A estranhices continuavam... era show/balada, que ao se traduzir temos: o show será tarde pra caramba e só começara quando a casa achar que tem gente suficiente pra fazer uma grana... horário?? Pra que??? Azar seu se só quer curtir a banda.

Nunca tinha ido no Outs, mas sei que lá rola uma serie de show punk/hardcore então tava animado pra conhecer o pico. Bem a animação acabou quando fiquei uns 20 minutos pra entrar e só tinham umas 8 pessoas na minha frente, pois eles tem um sistema “ do além” de cadastramento, onde eles scaneam se RG e pegam sua impressão digital... alta tecnologia, que zoneia a entrada, mas agiliza um pouco se você não consumir nada, pouco pro stress da entrada.



Bem uma vez lá dentro vamos curtir...a discotecagem começou bem com Suicidal e Agent Orange, entre outros, bem skate rock e tudo a ver com casa, festa e publico (a maioria diferente do que vejo sempre nos shows do Flicts) mas essa sequencia mudou e tocou de tudo... indie, rock´n´roll, gotico, eletronico e uns trecos estranhos lá... mas em suma discotecagem nadinha direcionada e se em algum momento a idéia era levar o povo pra pista pra agitar essa linha de musica liquidificada, essa idéia foi por terra, pois o maximo que rolou foram umas reboladinhas em um canto daqui ou dali. Preferia que tivesse continuado na linha skate rock.

O tempo passava e passava e nada da porra da banda entrar...e confirmei meus presentimentos, de mais espera, quando uma camarada entrou (mais de 2 e 30 da manhã) e diss - Caracas... tá uma baita fila lá fora. Claro que lembrei na hora do sistema “soberbo” de admissão...ai a fila não foi uma surpresa.

Bem encostei num canto e estava quase cochilando quando uma performer, começou a rebolar em cima do balcão do bar, estilo Coyote Ugly...tudo sem muito aviso e até sem nexo diria.




Nem mesmo dá pra saber como era a mina pois a luz num ajudava nadinha...só vi como ela era depois nas fotos.  Gostei, mas mais pelos meus extintos e hormônios, do que pela sensualidade dela.
Mas ta valendo, pelo menos acordei. Na próxima sugiro uma performance de Burlesque (muito hype atualmente) e no palco.

Bem depois do momento Gretchen finalmente Flicts no palco. O show diferente do habitual começou com três sons mais recentes entre eles Meu Bairro, Minha rua... que é bem legal. Curto muito esse saudosismo ao lugar onde nascemos e crescemos.

Daí em diante foi um mix de musicas do Álbum Canções de Batalha, os dos splits (com Agrotóxico e com Os Excluídos) e mais canções novas, ao meio dessas foi anunciado que vão pra estúdio em Janeiro. Ótima noticia pros fãs que faz muito querem os novos registros da banda.

O show foi marcado por duas coisas, a festa da galera que dançava e cantava alucinadamente a cada musica e pela luta do Jeferson com o Baixo que parou por varias vezes... sob bad!!




A vantagem de ser a única banda é que ela tocou muiiiito, mas muito mesmo. Acho que o repertorio mais longo desse ultimo ano. Nesse ponto foi ótimo, até musica pra lá de não programadas, vieram ao palco, a pedido do organizador do show, Cerveja rolou... (alias obrigado, pois é uma das minhas prediletas e parece que esta fora dos planos de set list da banda...). Fim de show todos felizes com toda a festa e com todos os pedidos de musica realizados...rumavam para a saida. Afinal...por que continuar por ali???



A essa altura eram mais de três e meia e eu estava destruído, não por conta do show, mas pela exaustiva espera... porra esperar o show é muito mais cansativo que agitá-lo, portanto coloquem mais bandas ou não façam esse show/balada... é tosco demais!!!

Flavio El Loco