quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

REVIEW: MEINHOF – AGROTOXICO – ARMAGEDON – PRESTO? – HEELSAKURA - INFERNO CLUB – 05/12/2009

Começo dando os parabéns à iniciativa e a coragem do pessoal da Cospe-Fogo Produções que foram os culpados pela vinda do Meinhof ao Brasil.

Porra esse é um trabalho fudido... trazer uma banda punk já complicado quando ela é conhecida, imagine quando ela ainda esta se firmando no cenário.
Então valeu mesmo galera, é com povo assim que a cena fica um pouco mais forte.
O Meinhof tem uma formação obscura, no site deles entendi que eram alemães radicados na Inglaterra, mas no show de Sampa, soube que tinham um polonês e um espanhol na banda, bem sei lá.
Mas o que importa é que eles fazem um som bacana e levam o punk a sério.
Eu estava realmente ansioso em conhecê-los melhor pois os sons que descolei na web eram bem interessantes e com isso imaginei um bom publico para o Inferno, ainda mais se somarmos o fato de que o ingresso eram míseros 10 contos se você coloca-se seu nome numa lista via e-mail, facinho nos dias de hoje.
Mas infelizmente num foi bem assim. O sábado estava fervilhando de shows punks: Gartos e Cólera no SESC, Casualties no Hangar e Lobotomia e Grinders no ABC, eu acho...
Com isso tudo o publico tava bem fraco, uma pena. E a coisa tava tão calma que ninguém entrava no show e ficamos tomando umas no buteco até que alguém avisou que o Presto? tava no palco.
Me agilizei e fui pra dentro e vi que já tinha perdido Hellsakura... que vacilo.
Bem o Presto? tava tocando pra umas 50 pessoas sendo que muitas sentadinhas numas poltronas espalhadas pelo lugar... cacete nunca vi punk assitir show assim... essa molecada de hoje é bunda mole mesmo!!
A banda fazia seu melhor mas era claro que num podiam estar super animados, mas acordaram o povo, o que já foi bom.
Logo depois foi o Armagedon pro palco e com um som fortemente hardcore com MUITA influencia metal e continuou o trabalho de tirar o povo dos assentos.
Fazia tempo que num via a banda e fiquei bem contente com o vocal novo, o “Trash”, que se desdobrou pra agitar a galera, com um voz muito forte e um visual digno do auge do Armagedon, foi o destaque da banda.
E ai veio o Meinhof, começaram o show meio tímidos e com alguns problemas de som, mas ao longo do set a banda foi se acertando, se soltando e mostrando o que podia fazer.
A vocal Rosy, que definitivamente parecia mais poderosa fisicamente nas fotos do site deles, dava conta do vocal e baixo e o guitarra também tocava com muita energia.






























O hardcore que na web parecia mais trash, ao vivo ficou mais cadenciado e na minha opinião melhor.
Percebia-se a falta de tarimba da banda e alguma dificuldade em fazer o publico pegar no breu, mas os diálogos de Rosy misturando inglês e espanhol e um bêbado no show que misturava todas as línguas do universo, acabou quebrando o gelo da banda e ai sim vimos um forte e direto som hardcore.
Foi um show bem elaborado e correto, mas nada que surpreendesse, uma boa banda, mas que se sente vai crescer.






























Na seqüência o palco foi invadido pela galera do Agrotóxico que ai sim conseguiu agitar o pequeno publico presente, mas que agora vibrava muito com o melhor desempenho da noite.
Como já esta se tornando costumeiro o Agro detonou muito velocidade, garra e noia, fazendo um show fudido.
Bem legal foi ver o povo do Meinhof agitando e curtindo nosso hardcore local.
Foi um ótimo final pra nossa night.
Ai concluímos que:
Meinhof é um boa banda, mas ainda tem muito que gramar pra ser uma banda de arrastar grande publico.
Devemos valorizar bandas nacionais que já tem muitos kilometros rodados e num é porque temos ela tão fáceis em show mês si e mês não que elas vê sempre atrás de qualquer banda gringa que aparece por aqui.
E por ultimo é ótimo podermos abrir nosso underground pra novas bandas gringas e aprender e ensinar com isso.
Fica o incentivo ao pessoal do Cospe-fogo que continue essa empreitada e que outros produtores sigam o mesmo caminho com essas banda mais novas, pra mudar o que conhecemos do mundo lá fora.

Flavio El Loco